FEIRA DE SÃO JOAQUIM HISTÓRIA
A Feira de São Joaquim ocupava inicialmente as imediações do 7º Armazém das Docas, era chamada Feira do Sete. O movimento era intenso de saveiros chegando do Recôncavo, carregados de tudo o que esta zona rica produz. Posteriormente a Feira mudou-se para a Enseada de Água de Meninos, aumentando consideravelmente o seu tamanho.
Passados alguns anos, desapareceu em decorrência de um incêndio, A cronologia da Feira apresenta-se assim: nos anos 1920, como a Feira do Sete; em 1932, como Água de Meninos, e, com o incêndio em 1964 a Feira muda-se para atual localização, na Enseada de São Joaquim.
A Prefeitura Municipal de salvador realizou uma pesquisa para saber os produtos mais vendidos na Feira de São Joaquim. As hortaliças, verduras e legumes estão no primeiro patamar; as frutas vêm em seguida; farinha, feijão, carnes, cereais, aves e ovos, pescados, laticínios, vestuário e, na seqüência, camarão, dendê, amendoim e outros. Além da compra dessas mercadorias, o usuário dispõe de alguns serviços como os de bar e de barbearia, entre outros (PMS, 1992).
De acordo com Carybé, a Feira “fica lá embaixo, junto ao mar, num amontoado inverossímil de barracas divididas por becos, ruelas e passadiços, formigando de gente, de saveiros, de jegues” (CARYBÉ, 1976).

Na década de 1970, entre o Ferry-boat e a antiga Sede da Petrobrás, a Feira era cortada por um ramal de carga da Linha Férrea Federal e margeada, pelo lado Leste, por uma via de tráfego intenso, não sendo o melhor local a ser indicado para o movimento de pessoas em busca de gêneros alimentícios. Paradoxalmente, por ter uma localização excelente com relação à cidade e, sobretudo, aos bairros e a população de baixo poder aquisitivo, São Joaquim parece ter um ótimo logradouro (OCEPLAN, 1979).
No decorrer do tempo, alguns problemas surgiram devido à utilização do canteiro central entre a Avenida Oscar Pontes e a Avenida Jequitaia, como um ponto de comércio. A aglomeração naquela região era a grande causadora de acidentes, até que houve uma proibição desse uso.
Na movimentação dentro da Feira os caminhos não lineares são percorridos pelos carrinhos-de-mão, bicicletas e caminhões que trazem as mercadorias, para o interior da Feira.
Pelo mar, os saveiros aportam desembarcando os pescados e o artesanato. Na área externa, a população dispõe de pontos de ônibus e de táxi.
Cronologia da Feira de São Joaquim
1801 – No início do século XIX, o cronista Vilhena registra a região, em seu frontispício, como Água de Meninos. Nessa época, já havia algum comércio no local.
1930 – Nesta década, foi instalada na região a Feira do Sete, que ficava antes no Comércio, nas imediações do galpão 7 da Companhia das Docas. Mudou de endereço após ser destruída por um incêndio em 1934.
1959 – Fundada, oficialmente, no mesmo local, a Grande Feira de Água de Meninos
1964 – A Grande Feira, responsável pelo abastecimento da cidade, foi completamente destruída por um incêndio
1960-1970 – Feira foi reconstruída ao lado da Feira de Água de Meninos e batizada de São Joaquim.
2012 – Feira começou a passar por obras de requalificação, ainda não concluídas.
2017 – Virou reduto do samba em Salvador com a criação do Samba da Feira.